quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Uma graduanda a beira de um colapso

Não sei por que me meti nessa. Acho que foi por necessidade, para me encontrar nesse mundo cheio de opções, ou sei lá. Uma coisa é certa, estou pirando. Você passa três anos da sua vida esperando por esse momento: o último ano da universidade. E quando chega, daria tudo para que voltasse para o primeiro período.

É muita cobrança, muita correria, prazos que parecem ser pequenos, projetos que dão certo e em um piscar de olhos, vai tudo por água abaixo. Tiro forças no pensamento de que está finalmente acabando. Só dez dias para entregar tudo. Dez dias para a loucura, em parte, acabar.

Mas depois tem a apresentação, eles dizem. Vai ser pior. O nervosismo vai tomar conta. A ansiedade vai te consumir. Não olhe para os convidados, finja que eles não estão lá.

É, eu sei. Já passei por isso uma vez. Lembro-me da sensação, ou talvez não.

Entre gravação e correções de um memorial que parece nunca ter fim vou caminhando. Seguindo em frente. Olhando pra frente, ou tentando. Isso é somente um processo pelo qual todos devemos passar, uma provação de que somos capazes de fazer jus ao nosso diploma. O cansaço e a fadiga estão aqui, juntamente com a preguiça que está maluca por não atende-la toda hora.

Tá perto. Tá muito perto.



(Isso foi um desabafo, não precisa compreendido.)